No primeiro semestre de 2017, o Bairro de Muribeca teve a possibilidade de mudar o rumo da sua história de abandono e negligência do poder público: é que uma verba do Governo Federal foi liberada para a construção de um novo habitacional para a comunidade. Bastava o Prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, ressarcir a desapropriação do terreno onde fariam o habitacional até o final do primeiro semestre. Mesmo com toda a mobilização da campanha #SalveMuribeca, a batalha não foi vitoriosa! Mas a luta de Muribeca segue até o fim. Conheça a história dessa comunidade!
Nos anos 80 e 90, Muribeca era um oásis no meio do deserto. Tinha comércio, escola, posto de saúde e muita gente na rua. Com o passar dos anos, a partir da condenação do primeiro prédio, o Bloco 10 da Quadra 01 conhecido como Balança Mas Não Cai, o Conjunto Muribeca começa a decair. O caso ganha atenção da mídia, aparece nos principais jornais e se torna um símbolo da burocracia por trás da política habitacional. O bairro se torna um verdadeiro cemitério de prédios, sem uso social.
O problema ainda ganhou outras esferas: não só as famílias que residiam nos apartamentos sofrem com o drama. O entorno do local também é ocupado por pessoas que aguardam pelo dia em que terão o seu direito à moradia garantido dignamente de acordo com a lei, já que a área é uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social). No final de 2016, os moradores de Muribeca conquistam um grande passo: uma verba federal é liberada para construção de um novo habitacional, o que significaria centenas de novos lares. Durante meses, o Meu Recife, o Somos Todos Muribeca e o Centro Popular de Direitos Humanos tentaram travar um diálogo com o poder público de Jaboatão. Nos vídeos abaixo, você verá depoimentos de membros dessa luta pelo Batalha:
Depoimento de Melaine, militante de Muribeca, em um dos protestos pelo pagamento do terreno do Batalha dos Guararapes.
Depoimento de Jamilly Maia, moradora de Muribeca e ativista do Somos Todos Muribeca, lendo manifesto pela construção do Batalha.